domingo, 9 de maio de 2010

Um monumento amputado.


Há uns tempos deambulando pela blogosfera deparei-me com uma opinião que aproveito como mote ao que aqui escreverei.

receosos dum reviralho....
Não foi com o meu voto, mas podia ter sido, só que não costumo alinhar em palhaçadas! Desta vez também não. Soube do resultado da votação na Quarteira onde fui passar uns dias e por acaso ao passar em Loulé, no sábado dia 24, junto ao monumento que Portugal ergueu a um dos seus filhos mais ilustres parei em homenegem ao Eng. Duarte Pacheco.
Já há muitos anos ali tinha passado e até fixado uma frase com que Salazar honrou um dos mais notáveis ministros do Estado Novo; ainda lá está, mas com o nome do seu autor apagado, assim: " UMA VIDA VELOZMENTE VIVIDA E INTEIRAMENTE CONSAGRADA AO PROGRESSO PATRIO = ............... ". Fiquei com pena porque é por estas e por outras semelhantes, como a da Ponte 25 de Abril, que chegado o momento dos verdadeiros Portugueses serem chamados a opinar deixam todos os oportunistas deste País de boca aberta e receosos dum reviralho...

Fonte aqui.

Diariamente tenho por "obrigação" canídea o hábito de frequentar a zona envolvente ao Monumento erigido a Duarte Pacheco, ilustre cidadão desta cidade e do Concelho.
Por vezes deparo-me com grupos excursionistas do Inatel guiados por jovens intérpretes que de uma forma sucinta tecem explicações sobre o significado daquela obra monumental.
Movido pela curiosidade e quando me é possivel, aproximo-me com a intenção de escutar a prelecção dos jovens guias turísticos e garanto que na maior parte das vezes a mesma enferma de erros crassos, desculpável certamente por deficiente informação que lhes é ministrada durante o seu percurso académico.
Escuto na maioria dos casos a explicação de que o monumento se encontra inacabado justificado pela "súbita fatalidade do desaparecimento permaturo do Engenheiro e Ministro das Obras Públicas enquanto decorria a sua construção".
Reparei também que um ou outro turista nacional quando movido pela curiosidade de saber algo mais e indaga o que se seguiria ao caractere matemático = (igual) no final do epitáfio que envolve o monumento, nunca obtém resposta.
Os guias sendo na sua maioria jovens desconhecem que ali estiveram afixadas sete letrinhas apenas que o pós 25 de Abril de 1974 se encarregou da "apagar".
Foi assim em Loulé, na Ponte sobre o rio Tejo em Lisboa e em qualquer lugarejo do País, excepção apenas na terra natal de quem governou Portugal durante 36 anos.
Há dias comemorou-se igual período após a efeméride que trouxe a Portugal a liberdade e o desenvolvimento, julgando portanto que será já tempo suficiente para que essa "ferida" se mostre definitivamente "sarada."
Um País não pode renegar a sua história, elevando os momentos que lhe interessa ao mesmo tempo que elimina ou adultera aqueles que lhe são mais incómodos.
A história de Portugal e nem é preciso ser-se um "expert", está carregada de erros, omissões e crimes não julgados e nem por isso os seus protagonistas deixaram de nela constar ou de ser elevados a topónimos neste país.
Ainda não há muito tempo por exemplo, percorrendo as calçadas de San Lucar del Guadiana, bem em frente a Alcoutim, fiquei deveras surpreendido pela forma como "nuestros hermanos" preservam a sua história, ainda para mais quando a democracia ali chegou bem mais tarde do que a nossa, conforme está patente nas fotografias que vos apresento.



Por tudo o que anteriormente escrevi mas plenamente consciente de correr o risco de vir a ser alvo do insulto ou apelidado de perigoso reaccionário, entendo de forma consciente por exclusivo respeito ao cidadão cujo monumento homenageia, que é chegado o momento de quem detém responsabilidades autárquicas que aproveitando as obras de requalificação em curso no Parque Municipal, se digne mandar repor tão simplesmente o monumento no seu estado original.


Se a ditadura é coisa do passado e não se perspectiva o seu regresso, o que há então a recear?


Texto de: Joaquim Leal
Obs: Em roda-pé encontram-se disponibilizados os resultados da consulta que por curto período se destinou a aferir das opiniões de quem visita ou participa neste blogue.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Uma homenagem que tarda.

Conheci o José Carlos Fernandes, já lá vão para cima de trinta anos.
Com ele frequentei o ciclo preparatório, ao tempo instalado em estruturas abarracadas localizadas junto ao Estádio Muncipal de Loulé, onde na actualidade se encontra edificado um aglomerado habitacional de cariz social.
Aluno de excelência já na altura e que se veio a evidenciar ainda mais durante o ensino secundário.
Grande amigo do meu primo David Madeira, conhecido Médico na especialidade da oftalmologia, ambos disputavam não apenas o saber e o conhecimento das matérias como também a arte do desenho.
Jamais esquecerei os rabiscos perfeitos que ambos deixavam nas suas sebentas ilustrando batalhas e combates alusivos à II Guerra Mundial que deliciavam leigos como eu e os restantes colegas que com eles partilhavam esse ócio.
O José Carlos, mesmo que licenciado na área da engenharia do Ambiente, jamais perdeu o gosto e se desligou da prática do desenho até que na actualidade se revelou uma figura consagrada e premiada ao nível nacional e internacional nas histórias aos quadradinhos.
Há muitos anos que não o encontro mas imagino que mantenha a mesma simplicidade a que nos habituou durante os tempos de juventude.
Remexendo o baú dos recortes que religiosamente vou guardando para memória futura, encontrei quase por acaso uma reportagem sobre ele publicada na edição da Revista "Sábado" de 29 de Junho de 2006 que disponibilizo para leitura de todos.
Desconheço se alguma vez terá sido objecto por parte da autarquia louletana de alguma homenagem ou condecoração mas se tal omissão se confirmar, julgo então que ainda se estará a tempo de se proceder a merecido reparo.
O José Carlos Fernandes faz parte de um restrito lote de ilustres que engrandecem o nome da cidade e do Concelho e por isso será sempre um justo merecedor da gratidão de todos nós.

(Clicar na imagem para uma leitura mais facilitada)


Texto de: Joaquim Leal

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Reportagens de encontros realizados.

Nota prévia da moderação:

Com atraso justificado, publicam-se apenas agora e pela ordem inversa, as reportagens fotográficas daquilo que é possível apresentar sobre os Encontros realizados nos dias 6 de Novembro de 2009 no Restaurante "O Albergue", em Cruz da Assumada e bem assim o que teve por convidado de honra Júlio Guerreiro, levado a efeito no passado dia 19 de Fevereiro, no restaurante "Afonso III", em Loulé.

Oportunamente e assim que à edição deste espaço chegue informação necessária, servos-á então dado conta do encontro mais recente e que contou com a presença de Silva Gomes.

Uma vez mais a moderação deste espaço não pode deixar de aqui salientar o exemplo de colaboração e de voluntarismo do Luis Perpétuo, na dispobibilidade de imagens e de informação tão imprescíndiveis à manutenção e actualidade deste espaço, um exemplo que deslustra o alheamento que cada vez mais se vai tornando persistente por parte da maioria dos restantes elementos do grupo, principalmente por parte daqueles que pela sua antiguidade ou quando em determinados momentos detêm pelo menos responsabilidades de organização, seria de esperar um contributo válido.

Saudações Tertulianas.

A Moderação do Blogue.


ENCONTRO DE FEVEREIRO DE 2010


No passado dia 19 de Fevereiro de 2010, pelas 20:30h, teve lugar no restaurante D. Afonso III na cidade de Loulé, mais um jantar da Tertúlia dos Trinta com a presença do convidado Senhor Júlio Guerreiro, mais conhecido por "Júlio Cachola".
Após uma breve e sucinta síntese curricular sobre o convidado apresentada pela Direcção, o Senhor Júlio Guerreiro usou da palavra dividindo o seu discurso em três vectores (passado, presente e futuro).
1. Traçou uma curta mas rica retrospectiva sobre o percurso e existência do Carnaval de Loulé. Carolice e vontade em brincar ao carnaval por parte de Ilustres Louletanos que ano após ano levavam o corso para a rua.
2. Carnaval de Loulé pós 25 de Abril de 1974, adquirindo maior dimensão Nacional e também Internacional.
3. Preocupação quanto ao futuro, dada a actual conjuntura socioeconómica e falta de dinamismo municipal.
Passou-se então às perguntas e respostas pelos intervenientes e convidado.
Foi lançado o repto para que o convidado escrevesse um livro de memórias a relatar o percurso do carnaval do seu início até aos nossos dias.
Foi referida a lacuna existente de um espaço (museu) do carnaval, para que os fatos e adereços fossem expostos e dados a conhecer ao público.


ENCONTRO DE NOVEMBRO DE 2009

Conforme informação facultada pelo tertuliante Luis Perpétuo Martins, no encontro de Novembro estiveram presentes 26 participantes.
Neste jantar terão sido admitidos como novos membros, Silvério Guerreiro, Carlos Macedo Cabrita e Nuno Palma.
Das intervenções de destaque, ficou o convite de João Paulo Sousa a toda a Tertúlia para estar presente na gala dos Rotários, tendo em vista a obtenção de fundos para causas sociais.
Neste encontro ficou também assente a necessidade de se proceder em Janeiro à eleição de uma nova direcção que como é público já se concretizou nas ilustres pessoas de Paulo Marum, João Justo e Paulo Cavaco.
Finalmente voltou novamente a ser pensada a realização de um encontro com o propósito exclusivo de homenagem ao Pedro Sousa, permaturamente falecido.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Encontro de Março.

A direcção da Tertúlia dos 30 informa os seus elementos que na próxima sexta-feira, dia 26 de Março, pelas 20.00 horas, se irá realizar no Restaurante "Nave do Barão", localizado na povoação com a mesma designação (estrada para Salir), o jantar relativo a Março.


O Encontro terá como convidado o Tenente-Coronel Silva Gomes, chefe de gabinete da Governadora Civil de Faro e o tema de debate versará a "Segurança".

As confirmações das presenças deverão ser efectuadas pelas vias habituais até às 12.00 horas da próxima quinta-feira, dia 25.

Saudações Tertulianas.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Um candidato inconveniente?


Há quem pense que sim, a esquerda mais à esquerda e em especial o candidato Manuel Alegre que nestes dias remexe nos bolsos à procura do tal milhão de votos.

Cavaco Silva sorrirá mas também se diz por aí que Fernando Nobre pode também entrar com muita facilidade no eleitorado conservador que se mostre descontente com o actual PR.

Há ainda quem garanta que a vingança soarista se serve fria como o "perdido por 1, perdido por 1000".

Quais são então as vossas opiniões?

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Encontro de Fevereiro.

A direcção da Tertúlia dos 30 informa os seus elementos que na próxima sexta-feira, dia 19 de Fevereiro, pelas 20.30 horas, se irá realizar no Restaurante "Afonso III", localizado próximo do "Loulé Jardim Hotel", o jantar relativo a Fevereiro.


O Encontro terá como tema de debate "Carnaval de Loulé, passado, presente e desafios para o futuro", tendo como convidado Júlio Guerreiro, conterrâneo e elemento imprescindível na organização do carnaval louletano.

As confirmações das presenças deverão ser efectuadas pelas vias habituais até às 12.30 horas do próximo dia 17.

Saudações Tertulianas e já agora, BOM CARNAVAL!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Prato do dia.

"ARROZ DE POLVO MALANDRINHO."
Ingredientes:
1,2 kg de polvo
400 gr de arroz
1 cebola grande
2 alhos
1 folha de louro
1 tomate
1,75 litro de água da cozedura do polvo
2,5 dl de azeite
Sal, pimenta e malagueta q.b.
Preparação:

Coza o polvo em abundante água com uma cebola descascada dentro. Escorra-o e reserve a água. Corte os tentáculos e o capuz em pedaços pequenos.
Leve ao lume um tacho de barro com o azeite, a cebola e o alho picadinhos, o louro e a salsa picada, para alourar mas sem deixar escurecer. Junte o tomate sem peles nem sementes, aos bocadinhos e dê umas voltas, remexendo bem.
Deite a água da cozedura que reservou, os pedaços de polvo e o arroz lavado e escorrido. Tempere com sal, pimenta e numa malagueta e mexa para misturar tudo. Tape o tacho e ponha sob lume moderado até que o arroz esteja cozido, mas sem deixar secar.
Leve imediatamente para a mesa, no próprio tacho.


Nota de moderação: sugestão gastronómica de tertuliante recebida via correio electrónico.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Bora lá assinar isto!

Petição TODOS PELA LIBERDADE.

Para: Presidente da Assembleia da República, Dr. Jaime Gama.

O primeiro-ministro de Portugal tem sérias dificuldades em lidar com a diferença de opinião.

Esta dificuldade tem sido evidenciada ao longo dos últimos 5 anos, em sucessivos episódios, todos eles documentados.

Desde o condicionamento das entrevistas que lhe são feitas, passando pelas interferências nas equipas editoriais de alguns órgãos de comunicação social, é para nós evidente que a actuação do primeiro-ministro tem colocado em causa o livre exercício das várias dimensões do direito fundamental à liberdade de expressão.

A recente publicação de despachos judiciais, proferidos no âmbito do processo Face Oculta, que transcrevem diversas escutas telefónicas implicando directamente o primeiro-ministro numa alegada estratégia de condicionamento da liberdade de imprensa em Portugal, dão uma nova e mais grave dimensão à actuação do primeiro-ministro.

É para nós claro que o primeiro-ministro não pode continuar a recusar-se a explicar a sua concreta intervenção em cada um dos sucessivos casos que o envolvem.

É para nós claro que o Presidente da República, a Assembleia da República e o poder judicial também não podem continuar a fingir que nada se passa.

É para nós claro que um Estado de Direito democrático não pode conviver com um primeiro-ministro que insiste em esconder-se e com órgãos de soberania que não assumem as suas competências.

É para nós claro que este silêncio generalizado constitui um evidente sinal de degradação da vida democrática, colocando em causa o regular funcionamento das instituições.

Assistimos com espanto e perplexidade a esse silêncio mas, respeitando os resultados eleitorais e a vontade expressa pelos portugueses nas últimas eleições legislativas, não nos conformamos.

Da esquerda à direita rejeitamos a apatia e a inacção.

É a liberdade de expressão, acima de qualquer conflito partidário, que está em causa.

Apelamos, por tudo isto, aos órgãos de soberania para que cumpram os deveres constitucionais que lhes foram confiados e para que não hesitem, em nome de uma aparente estabilidade, na defesa intransigente da Liberdade.

Assinar aqui.
Para mais, leiam no "i".

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Crónicas da imprensa.

Aprecie-se ou não Clara Ferreira Alves mas ela neste seu artigo publicado no "Expresso", resume a talhe de foice o que têm sido 35 anos de sucessivos governos PS ou PSD, com mais ou menos CDS.

Uma "Democracia" à moda sul-americana das décadas de 60/70, sem tirar nem pôr.

Aconselha-se uma leitura acompanhada com "Alka-Seltzer".

"Não admira que num país assim emerjam cavalgaduras, que chegam ao topo, dizendo ter formação, que nunca adquiriram, que usem dinheiros públicos (fortunas escandalosas) para se promoverem pessoalmente face a um público acrítico, burro e embrutecido.

Este é um país em que a Câmara Municipal de Lisboa, desde o 25 de Abril distribui casas de RENDA ECONÓMICA - mas não de construção económica - aos seus altos funcionários e jornalistas, em que estes últimos, em atitude de gratidão, passaram a esconder as verdadeiras notícias e passaram a "prostituir-se" na sua dignidade profissional, a troco de participar nos roubos de dinheiros públicos, destinados a gente carenciada, mas mais honesta que estes bandalhos.

Em dado momento a actividade do jornalismo constituiu-se como O VERDADEIRO PODER. Só pela sua acção se sabia a verdade sobre os podres forjados pelos políticos e pelo poder judicial. Agora contínua a ser o VERDADEIRO PODER mas senta-se à mesa dos corruptos e com eles partilha os despojos, rapando os ossos ao esqueleto deste povo burro e embrutecido. Para garantir que vai continuar burro o grande cavallia (que em português significa cavalgadura) desferiu o golpe de morte ao ensino público e coroou a acção com a criação das Novas Oportunidades.

Gente assim mal formada vai aceitar tudo e o país será o pátio de recreio dos mafiosos.

A justiça portuguesa não é apenas cega. É surda, muda, coxa e marreca.

Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso, apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção. Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros. Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um fim, ponto final, assunto arrumado. Não se fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada.

Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que, nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas Consequências, nada é definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.

Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia, foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao caso Casa Pia, sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou, nem quem são os criminosos ou quantos crimes houve.

Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituámo-nos a prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal, e que este é um país onde as coisas importantes são "abafadas", como se vivêssemos ainda em ditadura.

E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este estado de coisas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogs, dos computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.

Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport Lisboa Benfica, da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga Parques ao grande empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho, há por aí alguém quem acredite que algum destes secretos arquivos e seus possíveis e alegados, muitos alegados crimes, acabem por ser investigados, julgados e devidamente punidos?

Vale e Azevedo pagou por todos?

Quem se lembra dos doentes infectados por acidente e negligência de Leonor Beleza com o vírus da sida?

Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado num parque aquático?

Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico?

Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana?

Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?

Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma.

No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível, alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a condenar alguém?

As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da criança, contribuindo para a confusão desta investigação em que a Polícia espalha rumores e indícios que não têm substância.

E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe aconteceu? E todas as crianças desaparecida antes delas, quem as procurou?

E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos, alguns menores, onde tanta gente "importante" estava envolvida, o que aconteceu?

Arranjou-se um bode expiatório, foi o que aconteceu.

E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela reconheceu imensa gente "importante", jogadores de futebol, milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu e porquê?

E os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran mais os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que isso pára?

O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha.

E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter assassinado doentes por negligência? Exerce medicina?

E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é apenas cega, é surda, muda, coxa e marreca.

Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao esquecimento.

Ninguém quer saber a verdade. Ou, pelo menos, tentar saber a verdade.

Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e abusarão de crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto que os abusos sobre meninas ficaram sempre na sombra.

Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade.

Este é o maior fracasso da democracia portuguesa


Nota de moderação: contributo do nosso tertuliante José Leal, via correio electrónico.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Nova direcção.

Do encontro que na noite de ontem decorreu no Restaurante "A Moagem" em Loulé, mais do que o alegre convívio e do excelente serviço propiciado pelo Amável Carriço, sobressai a escolha por unanimidade e aclamação da nova direcção que irá gerir os destinos da Tertúlia dos 30 durante o próximo semestre.

Nos termos "estatutários", aos seus elementos compete programar e organizar mensalmente os próximos encontros ajantarados ou almoçarados, uma vez ou outra pontuados pela presença de convidados com comprovados e distintos serviços prestados ao Concelho e ao Algarve, sem esquecer a gestão de todo o grupo nas suas diversas vertentes.

Em resumo, os destinos da Tertúlia ficam agora entregues a um grupo de "banqueiros", de que se crê e espera um desempenho de excelência, contariando a ideia que se generalizou no país de que "não passam todos de uns gatunos".

A direcção agora eleita: João Justo, Paulo Cavaco e Paulo Marum.


Para todos eles ficam os desejos de uma BOA DIRECÇÃO!

A bem da Tertúlia.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Escutas on-line.

Estas são algumas do "apito dourado".

As restantes podem ouvi-las aqui

Quanto às do Sócrates com o Vara, vêm já a seguir. ;)



quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Quinta da Ombria.

O meu amigo Helder Martins, distinto director do empreendimento da Quinta da Ombria, teve a amabilidade de me enviar há tempos este interessante vídeo que agora partilho convosco.



Joaquim Leal

Encontro de Janeiro.

A direcção da Tertúlia dos 30 informa os seus elementos que na próxima sexta-feira, dia 22 de Janeiro, pelas 20.30 horas, se irá realizar no Restaurante "A Moagem", localizado na Rua Maria Campina em Loulé, o primeiro jantar relativo a 2010.


O Encontro de Janeiro será também aproveitado para a tomada de posse da nova direcção que irá gerir os destinos da Tertúlia dos 30 nos próximos seis meses.

As confirmações das presenças deverão ser feitas pelas vias e nos prazos habituais

Saudações Tertulianas.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Jantar de Natal 2009.

A direcção da Tertúlia dos 30 informa os seus elementos que na próxima sexta-feira, dia 11 de Dezembro, pelas 20.30 horas, se irá realizar no Restaurante "O Painel", localizado na Quinta do Romão em Quarteira, o tradicional jantar de Natal.


Como é habitual nesta ocasião, todos os participantes deverão ser portadores de uma prenda que será depois trocada através de rigoroso sorteio previamente autorizado e fiscalizado pelo Governo Civil do Distrito, entre os tertuliantes presentes.

As confirmações das presenças deverão ser feitas pelas vias habituais, até às 14.00 horas da próxima quinta-feira, dia 10.

Saudações Tertuliantes.

sábado, 21 de novembro de 2009

Efeitos do aquecimento global.

O "fenómeno" do apuramento da selecção francesa ao Mundial de 2010 é um dos motivos que nos devia preocupar a todos.



terça-feira, 3 de novembro de 2009

Encontro de Novembro.

A direcção da Tertúlia dos 30 informa os seus elementos que na próxima sexta-feira, dia 6 de Novembro, pelas 20.30 horas, se irá realizar no Restaurante "O Albergue", localizado no sítio da Cruz da Assumada (estrada de Loulé para Salir), mais um encontro ajantarado.

As confirmações das presenças deverão ser feitas pelas vias habituais, até às 14.00 horas da próxima quinta-feira, dia 5.

Saudações Tertuliantes.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Afinal como é amigo Álvaro?...

Na noite eleitoral autárquica eu fui dos que teve a sorte de assistir na TVI à festa da vitória de Macário Correia em Faro onde o nosso co-tertuliante Álvaro Viegas era uma figura destacada e das mais efusivas na primeira fila da assistência.

Não sei se o entusiasmo se devia mais à vitória ou pelo facto do candidato vencedor se tratar de um arqui-rival de Mendes Bota.

Uns dias depois encontrei o também nosso tertuliante Luis Guerreiro que me chamou a atenção para esta fotografia publicada no jornal "Correio da Manhã".

Como não foi provada ainda a clonagem de seres humanos, ficamos todos a aguardar os "desmentidos" perante esta "calúnia".



Joaquim Leal

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Encontro de Setembro (reportagem).

Decorreu no dia 11 de Setembro no Restaurante "O Pescador", em Loulé, aquele que foi o encontro de reabertura de época da Tertúlia dos 30.

Da ementa fizeram parte como entrada uns frescos camarões, seguidos de "bacalhau à braz" e um misto de carnes grelhadas, acompanhados por água, vinho e cerveja, fechando-se o "manjar" com as tradicionais sobremesas, café e digestivo, num excelente serviço reconhecidamente prestado pelo senhor "Comendador" Fernando.

Neste encontro como havia sido anunciado, voltámos a contar com a presença de Joaquim Vairinhos, agora na qualidade de candidato do Partido Socialista à Câmara Municipal de Loulé nas eleiçõs que se realizam no próximo Domingo, dia 11.

Das imagens recolhidas ao longo do jantar pelo tertuliante Luis Perpétuo, tentei este registo diferente do que tem sido habitual e se for do agrado de todos, passará a fazer-se assim para o futuro.


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Crónicas da imprensa.

Na comunicação social o que parece é.

Não se pode dizer que de Espanha nem boa brisa nem boa Prisa, porque o clima para este monumental acto censório é da exclusiva responsabilidade de José Sócrates.
35 anos depois da ditadura, digam lá o que disserem, não volta a haver o Jornal de Sexta da TVI e os seus responsáveis foram afastados à força.
No fim da legislatura, em plena campanha eleitoral, conseguiram acabar com um bloco noticioso que divulgou peças fundamentais do processo Freeport.
Sem o jornalismo da TVI não se tinha sabido do DVD de Charles Smith, nem do papel de "O Gordo" que é (também) primo de José Sócrates e que a Judiciária fotografou a sair de um balcão do BES com uma mala, depois de uma avultada verba ter sido disponibilizada pelos homens de Londres.
Sem a pressão pública criada pela TVI o DVD não teria sido incluído na investigação da Procuradoria-geral da República porque Cândida Almeida, que coordena o processo, "não quer saber" do seu conteúdo e o Procurador-geral "está farto do Freeport até aos olhos".
Com tais responsáveis pela Acção Penal, só resta à sociedade confiar na denúncia pública garantida pela liberdade de expressão que está agora comprometida com o silenciamento da fonte que mais se distinguiu na divulgação de pormenores importantes.
É preciso ter a consciência de que, provavelmente, sem a TVI, não haveria conclusões do caso. Não as houve durante os anos em que simulacros de investigação e delongas judiciais de tacticismo jurídico-formal garantiram prolongada impunidade aos suspeitos.
A carta fora do baralho manipulador foi a TVI, que semanalmente imprimiu um ritmo noticioso seguido por quase toda a comunicação social em Portugal. Argumenta-se agora que o estilo do noticiário era incómodo. O que tem que se ter em conta é que os temas que tratou são críticos para o país e não há maneira suave de os relatar.
O regime que José Sócrates capturou com uma poderosa máquina de relações públicas tentou tudo para silenciar a incómoda fonte de perturbação que semanalmente denunciou a estranha agenda de despachos do seu Ministério do Ambiente, as singularidades do seu curriculum académico e as peculiaridades dos seus invulgares negócios imobiliários.
Fragilizado pelas denúncias, Sócrates levou o tema ao Congresso do seu partido desferindo um despropositado ataque público aos órgãos de comunicação que o investigam, causando, pelos termos e tom usados, forte embaraço a muitos dos seus camaradas.
Os impropérios de Sócrates lançados frente a convidados estrangeiros no Congresso internacionalizaram a imagem do desrespeito que o Chefe do Governo português tem pela liberdade de expressão.
O caso, pela sua mão, passou de nacional a Ibérico. Em pleno período eleitoral, a Ibérica Prisa, ignorante do significado que para este país independente tem a liberdade de expressão, decidiu eliminar o foco de desconforto e transtorno estratégico do candidato socialista.
É indiferente se agiu por conta própria ou se foi sensível às muitas mensagens de vociferado desagrado que Sócrates foi enviando. Não interessa nada que de Espanha não venha nem boa brisa nem boa Prisa porque a criação do clima para este monumental acto censório é da exclusiva responsabilidade do próprio Sócrates.
É indiferente se a censura o favorece ou prejudica. O importante é ter em mente que, quem actua assim, não pode estar à frente de um país livre. Para Angola, Chile ou Líbia está bem. Para Portugal não serve.

Nota de moderação: contributo do nosso tertuliante Horácio Costa, via correio electrónico.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Encontro de Setembro.

Ultrapassado o habitual período de férias, a direcção da Tertúlia dos 30 vem informar os seus elementos que na próxima sexta-feira, dia 11, pelas 20.30 horas, se irá realizar no Restaurante "O Pescador" em Loulé, o jantar relativo ao mês de Setembro.

Nesse dia contaremos com a honrosa presença de Joaquim Vairinhos, agora na qualidade de candidato à presidência da Câmara Municipal de Loulé pelo Partido Socialista.


As confirmações das presenças deverão ser efectuadas pelas vias habituais, até às 14.00 horas da próxima quinta-feira, dia 10 de Setembro.