Há uns tempos deambulando pela blogosfera deparei-me com uma opinião que aproveito como mote ao que aqui escreverei.
receosos dum reviralho....
Não foi com o meu voto, mas podia ter sido, só que não costumo alinhar em palhaçadas! Desta vez também não. Soube do resultado da votação na Quarteira onde fui passar uns dias e por acaso ao passar em Loulé, no sábado dia 24, junto ao monumento que Portugal ergueu a um dos seus filhos mais ilustres parei em homenegem ao Eng. Duarte Pacheco.
Já há muitos anos ali tinha passado e até fixado uma frase com que Salazar honrou um dos mais notáveis ministros do Estado Novo; ainda lá está, mas com o nome do seu autor apagado, assim: " UMA VIDA VELOZMENTE VIVIDA E INTEIRAMENTE CONSAGRADA AO PROGRESSO PATRIO = ............... ". Fiquei com pena porque é por estas e por outras semelhantes, como a da Ponte 25 de Abril, que chegado o momento dos verdadeiros Portugueses serem chamados a opinar deixam todos os oportunistas deste País de boca aberta e receosos dum reviralho...
Fonte aqui.
Diariamente tenho por "obrigação" canídea o hábito de frequentar a zona envolvente ao Monumento erigido a Duarte Pacheco, ilustre cidadão desta cidade e do Concelho.
receosos dum reviralho....
Não foi com o meu voto, mas podia ter sido, só que não costumo alinhar em palhaçadas! Desta vez também não. Soube do resultado da votação na Quarteira onde fui passar uns dias e por acaso ao passar em Loulé, no sábado dia 24, junto ao monumento que Portugal ergueu a um dos seus filhos mais ilustres parei em homenegem ao Eng. Duarte Pacheco.
Já há muitos anos ali tinha passado e até fixado uma frase com que Salazar honrou um dos mais notáveis ministros do Estado Novo; ainda lá está, mas com o nome do seu autor apagado, assim: " UMA VIDA VELOZMENTE VIVIDA E INTEIRAMENTE CONSAGRADA AO PROGRESSO PATRIO = ............... ". Fiquei com pena porque é por estas e por outras semelhantes, como a da Ponte 25 de Abril, que chegado o momento dos verdadeiros Portugueses serem chamados a opinar deixam todos os oportunistas deste País de boca aberta e receosos dum reviralho...
Fonte aqui.
Diariamente tenho por "obrigação" canídea o hábito de frequentar a zona envolvente ao Monumento erigido a Duarte Pacheco, ilustre cidadão desta cidade e do Concelho.
Por vezes deparo-me com grupos excursionistas do Inatel guiados por jovens intérpretes que de uma forma sucinta tecem explicações sobre o significado daquela obra monumental.
Movido pela curiosidade e quando me é possivel, aproximo-me com a intenção de escutar a prelecção dos jovens guias turísticos e garanto que na maior parte das vezes a mesma enferma de erros crassos, desculpável certamente por deficiente informação que lhes é ministrada durante o seu percurso académico.
Escuto na maioria dos casos a explicação de que o monumento se encontra inacabado justificado pela "súbita fatalidade do desaparecimento permaturo do Engenheiro e Ministro das Obras Públicas enquanto decorria a sua construção".
Reparei também que um ou outro turista nacional quando movido pela curiosidade de saber algo mais e indaga o que se seguiria ao caractere matemático = (igual) no final do epitáfio que envolve o monumento, nunca obtém resposta.
Os guias sendo na sua maioria jovens desconhecem que ali estiveram afixadas sete letrinhas apenas que o pós 25 de Abril de 1974 se encarregou da "apagar".
Foi assim em Loulé, na Ponte sobre o rio Tejo em Lisboa e em qualquer lugarejo do País, excepção apenas na terra natal de quem governou Portugal durante 36 anos.
Há dias comemorou-se igual período após a efeméride que trouxe a Portugal a liberdade e o desenvolvimento, julgando portanto que será já tempo suficiente para que essa "ferida" se mostre definitivamente "sarada."
Um País não pode renegar a sua história, elevando os momentos que lhe interessa ao mesmo tempo que elimina ou adultera aqueles que lhe são mais incómodos.
A história de Portugal e nem é preciso ser-se um "expert", está carregada de erros, omissões e crimes não julgados e nem por isso os seus protagonistas deixaram de nela constar ou de ser elevados a topónimos neste país.
Ainda não há muito tempo por exemplo, percorrendo as calçadas de San Lucar del Guadiana, bem em frente a Alcoutim, fiquei deveras surpreendido pela forma como "nuestros hermanos" preservam a sua história, ainda para mais quando a democracia ali chegou bem mais tarde do que a nossa, conforme está patente nas fotografias que vos apresento.
Por tudo o que anteriormente escrevi mas plenamente consciente de correr o risco de vir a ser alvo do insulto ou apelidado de perigoso reaccionário, entendo de forma consciente por exclusivo respeito ao cidadão cujo monumento homenageia, que é chegado o momento de quem detém responsabilidades autárquicas que aproveitando as obras de requalificação em curso no Parque Municipal, se digne mandar repor tão simplesmente o monumento no seu estado original.
Se a ditadura é coisa do passado e não se perspectiva o seu regresso, o que há então a recear?
Texto de: Joaquim Leal
Obs: Em roda-pé encontram-se disponibilizados os resultados da consulta que por curto período se destinou a aferir das opiniões de quem visita ou participa neste blogue.