...e um Próspero Ano de 2009.
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Boas Festas!
...e um Próspero Ano de 2009.
sábado, 13 de dezembro de 2008
Recorde de visitas on-line.
Qual não é o meu espanto, enquanto ia dando os retoques finais ao "post" quando verifico que o contador de visitas "on-line" registava em três diferentes momentos de afluência o que a imagem apresenta:
(Cliquem na imagem para ampliar)
Não se esqueçam que se tratam de horários de "alta madrugada" e porque é um motivo de regozijo para todos nós, decidi aqui trazer ao conhecimento este importante momento.
Como não acredito que possa se ter tratado do vulgar "spam" que costuma atacar a blogosfera, depreendo que grande parte dos visitantes mais não eram do que os nossos tertuliantes que após uma noite de festejos e antes do deitar, tivessem passado por aqui.
PARABÉNS então para todos nós!
Encontro de Novembro (reportagem).
Tratou-se de um encontro que surpreendeu pela positiva, principalmente por duas razões:
A primeira, porque há muito tempo não se verificava uma tão forte adesão dos tertuliantes, em número de 27 elementos contabilizados, levando a organização a acreditar que se devia à circunstância de todos apreciarem o puro néctar que serviria de tema, contrariamente à ideia que se generalizou de que muitos estariam ali por engano, julgando que o convidado seria outra pessoa, mais habituada a áreas do pensamento político.
Segunda, porque tendo como convidado uma personalidade ligada à produção vinícola, poderia parecer à partida um pouco incómodo quando se chegasse à fase do debate no entanto este veio a revelar-se um excelente conviva, com uma linguagem técnica mas extremamente acessível o que permitiu uma explanação do tema que gerou interesse e curiosidade nos presentes, daí resultando uma participação interessada traduzida nas inúmeras questões depois colocadas pelos tertuliantes.
Excelentemente recebidos pelo nosso amigo Leonel Malveiro no seu restaurante como é habitual em vários encontros ali já realizados, a ementa do jantar constou de umas deliciosas entradas como uma boa linguiça assada, queijo fresco com mel e outras iguarias variadas.
O primeiro prato a ser servido tratou-se de uma massada de peixe sucessivamente repetido pela maioria dos presentes, logo seguido de um belo naco de vitela assada no forno com acompanhamento de batata cerejada e arroz no ponto.
Ao longo do jantar foi-se provando e bebendo os vinhos da marca "Barranco Longo", tintos, todos excelentes, destacando o inesquecível "rosê" com que se deu início às "hostilidades".
Sobremesas e no final o indispensável café arrematado com o digestivo whiskie.
A conta ficou-se nos 30 euros por participante, um pouco para o "caróte" tendo o convidado aliviado a despesa porque ofereceu metade do vasilhame ingerido.
Este encontro teve ainda outros dois momentos altos que interessa salientar para além dos que referi no início.
A anunciada e aclamada licenciatura em Direito do nosso tertuliante Jorge Aleixo Ramos e a presença inesperada de um participante convidado que muitos dos presentes, incluído eu, não viamos há mais de 25 anos.
Trata-se do Leonel Casanova, um rapaz traquina dos nossos saudosos tempos de Escola Secundária e que se encontra emigrado desde então nos Estados Unidos da América.
Foi muito gratificante voltar a encontrá-lo mesmo que nos tenha deixado alguma inveja pelo facto de parecer o mesmo rapaz de há duas décadas atrás quando comparado com a obesidade e calvíce de alguns dos seus contemporâneos, onde não me inclúo como quem comigo convive pode facilmente constatar.
Para a memória futura deixo-vos o registo fotográfico que foi possível obter, destacando as imagens do nosso repórter de serviço Luis Perpétuo, pois das que tentei obter apenas uma minoria se encontra em condições de ser mostrada.
O convidado, Dr. Rui Vírginia, Gestor e produtor de vinhos da marca "Barranco Longo", explanando as virtudes da sua actividade de que o olhar fulminante do nosso arquitecto Joaquim Farrajota é prova inquestionável.
Renato Bexiga outro elemento extremamente compenetrado no discurso que se ia fazendo a propósito dos vinhos, ficando a dever-se a este nosso amigo a sugestão do convidado.
Álvaro Viegas em três momentos capitais: saber estar, saber ouvir e saber discursar. Quem aprende nunca esquece!
O convidado inesperado Leonel Casanova - o "Massa" (de camisa azul à direita na fotografia), há mais de duas décadas emigrado nos Estados Unidos da América, ladeado pelos tertuliantes Abílio Domingos, Luis Perpétuo e ainda por Paulo Bota e José Manuel Sosa.
Fotos 1/3
A mesa de honra com João Paulo Sousa (ele diz que é uma espécie de enólogo e dá palestras nos intervalos de agenda), Jorge Aleixo (o mais recente advogado na tertúlia) e Horácio Costa (o nosso contestatário de estima).
Fotos 2/4
Dr. Rui Virgínia com o seu "partenaire" também produtor e especialista vínicola.
Fotos 5/6
Os galãs do costume, respectivamente Feliciano Rito e Joaquim Farrajota em pose para o "mulherio" que visite o blog.
Fotos 7/8
Gente simples como eu (agarrado ao maldito vício) ao lado do meu homónimo José (figura inquestionável na área do audiovisual e das licenças para se poder ter televisão e telefonia em casa - atendimentos de segunda a sábado, encerrado ao domingo e dias santos) e ainda Vítor Prado (a quem se deveu em tempos o decréscimo do número de desempregados em Portugal e se não fossem as ironias do destino, hoje José Sócrates não teria a preocupação dos tais 150.000 póstos) em amena cavaqueira com António Luís (não há auto-estrada no País que hoje se faça sem que os projectos lhe passem pelas mãos - tomem em atenção!).
Fotos 9/10
João Frazão (Buga para os amigos), destacado vendedor do ramo imbiliário (Remax, passe a publicidade), na qualidade de convidado no jantar, acompanhado por Damásio Anselmo (aquele a que todos fazemos sempre questão de cumprimentar e tratar como um irmão, não vá o diabo tecê-las) e Ivo Agostinho (outro dirigente da Tertúlia) acompanhado pelo "renascido" Paulo Amén, um dos ou mesmo o principal fundador da Tertúlia, título que lhe tem vindo até agora a conferir a justificação das constantes ausências aos encontros.
Fotos 11/12
Lui Oliveira e Paulo Cavaco, não se conhecendo até ao momento sobre estas duas individualidades qualquer registo que se considere de carácter "desprestigiante" e que por isso mesmo se torne relevante aqui salientar. À direita Leonel Caetano, distinto empresário da área de diversão nocturna (não fazer confusões faz favor!) acompanhado por José Manuel Sosa e por Luis Perpétuo (estes sim, bastante suspeitos).
Fotos 13/14
Aspecto "fumarado" da sala que num primeiro olhar poderia indiciar um incêndio latente de que um dos principais responsáveis será o "senhor de Leis" retratado na fotografia do lado direito.
Fotos 15/16
Aspecto geral da mesa com Fernando Serol e João Justo ao fundo, erguendo José Leal o copo brindando a mais um excelente convívio.
Finalmente o nosso agradecimento ao anfitrião Leonel Malveiro, pela forma simpática a que nos habituou nas visitas ao seu estabelecimento.
Reportagem de: Joaquim Leal/Moderador
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Encontro de Natal.
Como é habitual nesta ocasião, todos os elementos presentes deverão levar uma prenda para trocar de valor mínimo nunca inferior a 5 €uros.
As confirmações das presenças deverão ser efectuadas pelas vias habituais, até às 12.00 horas da próxima quinta-feira, dia 11.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Recordando.
Morreu em Lisboa a 4 de Dezembro de 1980.
Confesso que se não tivesse assistido ao noticiário desta noite nem me lembrava que se completam hoje 28 anos depois do desaparecimento trágico daquele que foi o principal fundador do então PPD/PSD.
Como há muito me desliguei das questões da "partidarite", engrossando dessa forma a maioria dos portugueses desiludidos da politica que se vive e pratica nos dias de hoje, seria até desculpável que a data que agora se assinala me passasse ao lado.
Ainda na sexta-feira passada durante o jantar da Tertúlia e para quem como eu tenha estado sentado próximo do Álvaro Viegas, teve a oportunidade de recordar como há 28 anos atrás, neste mesmo dia, se organizaram na Escola Secundária de Loulé as primeiras manifestações juvenis.
Vivia-se na altura um período muito mais calmo depois do regabofe verificado cinco anos antes durante o chamado verão quente de 1975.
Eu e alguns dos que comigo fazem parte desta Tertúlia estávamos ainda em idade escolar no ensino secundário.
Na então Escola Secundária de Loulé, jovens como eu, o Álvaro, o Zé Leal, o David Neves, o Ivo Agostinho, o Paulo Marum, o Vitor Sousa entre muitos outros de que agora não me recordo e por isso me desculpo, dirigiamos à época a Associação de Estudantes legitimamente eleita por sufrágio directo no universo estudantil daquele estabelecimento de ensino, após "duras" campanhas eleitorais com aqueles que se nos opunham.
Para que melhor percebam, digamos que se tratavam de campanhas eleitorais onde tudo se fazia à custa do esforço de braços, com muito maior vigôr, empenho e sem o marketing e a "xulice" a que se assiste nos dias de hoje em que a maioria dos candidatos aos "tachos" nunca vergaram a mola porque existem empresas que contratadas a peso de ouro, fazem o trabalho duro por eles.
Travavam-se animados "combates" entre o PPD/PSD, o PS e o PCP dos "pequeninos" pela liderança dos estudantes de um estabelecimento de ensino, com campanhas pagas pelos dinheiros dos "pais" partidários locais.
Na altura o liceu como então o denominávamos, era dirigido por docentes por nós considerados "perigosos comunas"* cujos nomes não importa agora destacar porque tenho hoje por uma boa parte deles uma certa estima.
O acidente/atentado ocorreu durante a noite, mais ou menos à hora do noticiário das oito e na manhã do dia seguinte, bem cedo e sob a liderança do Presidente da A.E. - Álvaro Viegas, à época considerado o grande timoneiro na versão alaranjada (LOL) entre os jotas pêpêdês onde me incluía, tratou logo de organizar uma acção que impedisse a realização de aulas nesse dia.
Para além disso e o Álvaro ou outros melhor me ajudarão porque não quero que alguma falha de minha memória traia a verdade dos factos (LOL), entendeu e por bem fazer baixar a bandeira nacional a meia-haste só que onde esta se deveria encontrar nesse como em qualquer outro dia num estabelecimento público, apenas restava o ferro (estandarte).
Não sei (porque não me lembro) mas por artes mágicas talvez, a bandeira logo apareceu e para a fazer içar também surgiu a preciosa ajuda da viatura-escada "magirus" dos Bombeiros Municipais de Loulé, já na altura excelentemente comandados pelo Sr. Carlos Leal, tio do nosso tertuliante José.
Naquele dia a ESL ficou virada ao contrário, parecia um novo 25 de Abril e como seria de prever (ou talvez não) vieram depois as consequências para os jovens "agitadores".
Uns processos disciplinares (de que me livrei, ainda hoje estou para saber como se nem cunha utilizei :D) sobre alguns dos meus companheiros de "luta" e uma "conveniente" expulsão escolar do "cérebro" dirigente daquela manifestação.
Apesar de tudo, viveram-se grandes tempos e recordo-os sempre com uma saudade imensa.
Quando hoje olho para as campanhas eleitorais que se fazem e sobretudo para os politicos nacionais, regionais e mesmo locais (cala-te boca!) não posso deixar de pensar no descolorido em que se tornou o País.
Por isso e recordando as principais lideranças do PSD que se seguiram a Sá Carneiro, exceptuando o período de grande estabilidade do partido durante o consulado de Cavaco Silva, olho e vejo líderes como o fugitivo Durão Barroso, o fogoso Santana Lopes, a alimária Luis Filipe Menezes e mesmo com a respeitável Manuela Ferreira Leite, cada vez me convenço mais que o "desgraçado" fundador ainda hoje não parou de dar voltas no túmulo.
Mais certo será pensar que aquilo deve parecer um carrocel, com o devido respeito.
Agora fico à espera que quem tenha vivido essa época possa acrescentar algo ou mesmo corrigir o que aqui escrevi, através dos respectivos comentários.
Joaquim Leal
* Era esta a linguagem que se utilizava numa época em que eu e muitos outros acreditávamos religiosamente que os comunistas comiam criancinhas ao pequeno almoço. :P
Nota: Foto retirada do "site" do Partido Social Democrata.
Testemunhos
Bons e velhos tempos esses de luta por amor á camisola.
Vou precisar o que realmente aconteceu.
Logo na noite da morte de Sá Carneiro, Freitas do Amaral decretou o encerramento das escolas decretando 3 dias de luto nacional.
Qual foi o meu espanto quando no dia seguinte cheguei à Escola, tudo estava a funcionar como se nada tivesse acontecido e a bandeira não estava colocada a meia haste, dado que tinha morrido o primeiro-ministro.
Procurei pela bandeira no Conselho Directivo e esta como por magia tinha desaparecido.
Fui à sede do PSD buscar a bandeira, pedi aos Bombeiros para lá irem com a escadas magiruis e coloquei a bandeira a meia-haste.
Depois convocou-se uma reunião na sala de convivio e decidiu-se que não haveria aulas nesse dia, cantando depis o hino nacional. Acto arrepiante, centenas de alunos a cantarem o hino nacional.
Claro que o conselho directivo vendo que tinha perdido o controle da escola pediu-nos que fizessemos que os alunos voltassem ás aulas. Assim o fizemos no dia seguinte, com a exigência de eles nos pagaram a desclocação ao funeral de Sá carneiro e uma coroa de flores que colocámos no Mosteiro dos jerónimos.
Foi realmente uma demonstração de força, bem diferente de hoje, nada de bagunça, falta de respeito, nem pancadaria. Foi uma acção coordenada e demonstrativa de uma grande força estudantil.
Enfim, 28 anos depois é com saudade que lembro esses tempos.
Álvaro Viegas
É com enorme satisfação, que os meus colegas tertuliantes e companheiros de muitas lutas saudáveis, me recordaram momentos muito felizes da minha vida, momentos esses que ficam para sempre e com mais ou menos promenor, nunca serão esquecidos.
A Morte de Francisco Sá Carneiro, Homem com H grande, que comparado com esses politicos de hoje, que ficam a Quilómetros de Distância, tanto a nivel de carácter, atitude e postura na Vida, marcou uma geração, que no fundo é um pouco da nossa tertulia, e hoje tudo seria diferente se não o tivessem assassinado.
Era pequeno no tamanho, mas enorme como ser Humano, com uma visão de futuro que marcava a diferença.
José Leal
Ora viva,
Ao contrário de velhos como vocês, na altura eu tinha somente 12 anos, mas com consciência politica e também já sabia distinguir o bom do mal, por isso optei por um partido democrático como o PS.
Recordo-me perfeitamente dessa noite fatídica, o meu falecido pai, também ele militante do PS e mais 3 camaradas passaram boa parte da noite na sede do PSD. Sorrateiramente escapei-me do conforto familiar e também dirigi-me a sede do PSD que era numa casa térrea na avenida José da Costa Mealha, onde hoje existe as galerias Dona Leonor. Recordo-me de passar horas pela madrugada adentro ouvido a rádio (televisão haviam poucas e a que estava por lá, estava numa sala pequena apinhada de gente). Na época existia verdadeira camaradagem mesmo entre os adversários políticos. Tenho saudades desses tempos.
Do liceu recordo-me vagamente do sururu que o álvaro, davide, karim e mais uns quantos fizeram por causa do hastear da bandeira e estava eu e o João Madeira (amigo infelizmente já falecido) a observar a discussão que esteve feia. De facto o PCP controlava indirectamente os conselhos directivos das escolas. Continuam a controlar à mesma nos nossos dias, mas com uma distância ainda maior, como se vê.
Pessoalmente continuo a admirar o Homem e o politico que foi Francisco de Sá Carneiro, um visionário para a época, que gostava de referir-se ao seu partido como o PPD. Hoje, o hino, a cor e o símbolo são os mesmos, mas a acção dos seus líderes fica a anos-luz da do seu fundador. Este homem fazia falta ao País.
Paulo Àmen